Hoje em dia, são cada vez mais utilizados os medicamentos injetáveis que eram prescritos, inicialmente, apenas a diabéticos, como uma forma de emagrecer mais depressa. Muitos estudos associaram estes fármacos a diferentes efeitos secundários, muito negativos, mas recentemente, uma investigação sugeriu que existe mais um para adicionar a esta lista.
De acordo com o estudo, feito na Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, e citado na CNN internacional, os indivíduos que tomam estes medicamentos estão mais em risco de problemas digestivos graves, como paralisia do estômago, pancreatite e obstruções intestinais, em comparação com as pessoas que tomam outros tipos de medicamentos para emagrecer.
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Importa, no entanto, mencionar que o estudo concluiu que os riscos de ocorrência destes fenómenos em doentes individuais parecem ser raros. Por exemplo, cerca de 1% das pessoas que tomam Ozempic foram diagnosticadas com paralisia gástrica, explicam.
É, no entanto, essencial falar sobre estes riscos muitos raros porque a procura dos medicamentos explodiu nos últimos tempos, afirmam os investigadores. Mencionaram ainda que estes problemas nunca são ligeiros e, na maioria dos casos, têm consequências muito graves.
"Quando milhões de pessoas consumem estes medicamentos, um risco de 1% ainda se traduz em muitas pessoas que podem sofrer estes problemas", explicou o autor principal do estudo, Mahyar Etminan, um epidemiologista.
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Para o estudo, disponibilizado sob a forma de carta de investigação no JAMA, os investigadores analisaram uma amostra aleatória de mais de 16 milhões de pedidos de indemnização de seguros de uma base de dados de medicamentos sujeitos a receita médica que abrange cerca de 93% de todas as receitas ambulatórias nos Estados Unidos.
Procuraram indivíduos que tomavam medicamentos injetáveis pertencentes a uma classe denominada agonistas do GLP-1 que retardam a passagem dos alimentos pelo estômago. Podem ajudar as pessoas com diabetes a controlar o açúcar no sangue, assim como ajudar na perda de peso substancial em pessoas com ou sem diabetes.
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