A hashtag 'BoycottZara' tem inundado as redes sociais, depois de terem surgido apelos de alguns ativistas pró-Palestina para um boicote à gigante do grupo Inditex. A Zara acabaria por ceder, retirando a sua mais recente campanha publicitária, que mostrava imagens que apresentavam semelhanças com os cenários de guerra, e esta terça-feira, 12 de dezembro, recorreu ao Instagram para um esclarecimento oficial.
"Depois de ouvir os comentários sobre a última campanha da Zara Atelier 'The Jacket', gostaríamos de partilhar o seguinte com os nossos clientes: A campanha, que foi pensada em julho e fotografada em setembro, apresenta uma série de imagens de esculturas inacabadas no estúdio de um escultor e foi criada com o único objetivo de mostrar peças de vestuário feitas à mão num contexto artístico", começa por explicar a retalhista de moda, numa publicação feita na rede social Instagram. "Infelizmente, alguns clientes sentiram-se ofendidos por estas imagens, que foram agora retiradas, e viram nelas algo muito diferente do que se pretendia quando foram criadas."
Sublinhando, assim, que não existe qualquer ligação com os acontecimentos em Gaza, com início a 7 de outubro, a Zara lamenta este "mal-entendido", reafirmando o seu "profundo respeito por todos".
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"Não importa quando é que as fotos foram tiradas. Porquê publicar agora? Não viram a semelhança?!", aponta um internauta na caixa de comentários. "Esqueceram-se de pedir desculpa", diz outro crítico.
Na campanha, destinada a promover um novo casaco da marca, Kristen McMenamy surge rodeada de entulho, manequins e estátuas cobertas de plástico. A norte-americana carrega ao ombro um manequim envolto num pano branco, lembrando as vítimas dos ataques de Israel a Gaza. Os internautas não tardaram a apontar as parecenças entre a imagem e os cadáveres em sacos brancos, que lembram os trajes funerários muçulmanos tradicionais.
Ao final da manhã desta segunda-feira, dia 11, as fotografias já não eram visíveis na loja online ou na aplicação da Zara e foram também apagadas das redes sociais.
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[Notícia atualizada às 09h19]