Um estudo feito por uma equipa responsável por fazer a análise de dados médicos alemães, britânicos e noruegueses, publicado na revista Nature, revelou que o jejum com água leva a uma modificação da forma como as proteínas são processadas pelo organismo, o que favorece a formação de músculos e a imunidade, mas isso só ocorre após o terceiro dia seguido sem comer.
A investigação envolveu 12 voluntários (cinco mulheres e sete homens), submetidos a análises de sangue diárias antes, durante e depois da semana de jejum. Os exames verificaram como mais de três mil proteínas eram processadas pelo organismo.
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Sem surpresas, os cientistas constataram que o corpo trocou as fontes de energia, do açúcar dos alimentos para a gordura armazenada no corpo, nos primeiros dois ou três dias sem comer. Os voluntários perderam em média 5,7 quilos de gordura, mas também massa magra.
Três dias após o fim do período de jejum, o peso permaneceu baixo. A perda de massa magra foi praticamente revertida, mas a massa gorda continuou baixa. "Se for feito em segurança, o jejum é uma intervenção eficaz para perder peso", afirma a médica Claudia Langenberg, uma das autores do estudo, em entrevista ao portal da Universidade de Londres. Diz ainda que "dietas populares que incorporam jejum afirmam trazer benefícios à saúde além da perda de peso e os resultados deste estudo disponibilizam evidências dessa melhoria, ainda que só tenham sido visíveis após três dias de restrição calórica total - mais tarde do que pensávamos".
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