Alterações na frequência cardíaca ao acordar podem ser um indício de doença cardíaca "potencialmente fatal", alerta um estudo publicado na revista Circulation Research, referindo-se a arritmias.
As arritmias dizem respeito a batimentos anormais do coração. "Estes batimentos podem ser rápidos, com frequência acima de 100 batimentos por minuto, ou lentas quando a frequência é inferior a 50 batimentos por minuto. Podem também ser descritos como batimentos irregulares e, neste caso, a frequência pode até ser normal, ou seja, entre os 50 e os 100 batimentos por minuto", pode ler-se no portal do grupo Lusíadas. Algumas destas arritmias são consideradas benignas, mas "outras podem carecer de cuidados médicos imediatos por se tratar de uma emergência médica".
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De acordo com a investigação, financiada pela British Heart Foundation, estas perturbações do ritmo cardíaco estão relacionadas com o aumento da hormona do stress, o cortisol, que atinge o seu pico no sangue logo pela manhã.
Num estudo clínico, realizado com ratos, investigadores do Imperial College London descobriram que o cortisol liga-se a uma proteína específica na superfície das células cardíacas. Por sua vez, essa proteína desloca-se para uma parte diferente da célula, onde influencia os genes que controlam a facilidade com que as células cardíacas transportam os sinais eléctricos que as obrigam a bater. À medida que a atividade dos genes sofre alterações, os impulsos eléctricos para o coração tornam-se menos regulares, resultando em batimentos anormais do coração.
"As arritmias ventriculares [quando a origem é nos ventrículos] podem ocorrer em qualquer altura e, se não forem tratadas, podem levar à perda de consciência, a uma paragem cardíaca súbita e à morte", explica o professor e médico James Leiper, da British Heart Foundatio. Defende também que informação e tempo são tudo na prevenção. Por isso, é crucial" continuar "a investigar as causas destas arritmias".
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