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Audiologistas alertam: Perda auditiva não tratada aumenta risco de doença

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Audiologistas alertam: Perda auditiva não tratada aumenta risco de doença
Notícias ao Minuto

20/09/24 15:49 ‧ Há 1 Hora por Notícias ao Minuto

Lifestyle Doenças neurodegenerativas

Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, a 21 de setembro, os especialistas alertam os portugueses para a importância de tratar a perda auditiva o mais cedo possível, reduzindo assim a probabilidade de vir a desenvolver demência.

 

A correlação entre a perda de audição e o risco de desenvolver demência foi recentemente comprovada pelo estudo ACHIEVE, orientado por Frank Lin, diretor do Cochlear Center for Hearing and Public Health da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, investigador e professor de Otorrinolaringologia, Saúde Mental e Epidemiologia, e apresentado no 70.º Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, em 2023. 

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Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que 430 milhões de pessoas em todo o mundo manifestam perda auditiva moderada ou severa no ouvido com melhor audição1, e mais de 55 milhões vivem com algum tipo de demência. Os resultados preliminares do estudo ACHIEVE são promissores, indicando que, ao longo de três anos, a intervenção auditiva, incluindo o uso de aparelhos auditivos, reduziu as mudanças cognitivas em 48%.

Jorge Humberto Martins, audiologista na Widex - Especialistas em Audição, reforça: "O atraso na identificação e na reabilitação atempadamente da perda auditiva pode ter um contributo significativo para a evolução da demência, principalmente em indivíduos com idade mais avançada, com múltiplos fatores de risco para declínio cognitivo, como o isolamento social e a sobrecarga cognitiva. Há que aprofundar mais este tema, impulsionando pesquisas nesta área que sejam a base para o desenvolvimento de estratégias eficazes de intervenção e de prevenção".

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Para além da diminuição do risco de desenvolver demência, há outras evidências científicas que demonstram o papel protetor do uso regular de aparelhos auditivos. Os resultados obtidos através da análise doNational Health and Nutrition Examination Survey, realizado nos Estados Unidos, revelam que adultos com perda auditiva que usavam regularmente aparelhos auditivos apresentaram um risco menor de morte em comparação com aqueles que nunca usaram aparelhos auditivos. No entanto, são necessárias mais pesquisas, incluindo estudos longitudinais e ensaios clínicos aleatorizados, para confirmar estas descobertas e compreender os mecanismos subjacentes.

O audiologista acrescenta: "Os aparelhos auditivos ajudam efetivamente a melhorar a audição e, consequentemente, diminuem o esforço cognitivo que é necessário para processar os sons e, indiretamente, o isolamento social, que é outro fator de risco das demências. Enquanto profissionais nesta área, o mais importante para nós é contribuir para a deteção atempada e o tratamento da perda auditiva das pessoas, melhorando a sua qualidade de vida. E o primeiro passo para conseguirmos isto passa por consciencializar sobre o impacto que a perda auditiva tem no dia a dia e os sinais de alarme que devem levar as pessoas a fazer exames auditivos".

Se tem mais de 55 anos, deve fazer exames auditivos anualmente. Se tem menos de 55 anos e apresenta sinais de perda auditiva, como dificuldade em acompanhar as conversas em ambientes ruidosos, necessidade de pedir para repetirem o que lhe é dito e aumentar o volume da televisão ou rádio, procure a ajuda de um especialista. 

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Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. 

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