O tema é reavivado pelo Tech Insider que explica que a tripofobia é uma condição que continua a ser estudada pelos cientistas e que existe uma explicação lógica para a sua existência.
Primeiro que tudo, a explicação: a tripofobia é uma condição de saúde ou uma fobia que ainda não é reconhecida pela comunidade científica mas que afeta milhares de pessoas. Estas mostram um medo patológico, aversão ou repugnância perante superfícies com padrões irregulares de furos ou buracos pequenos.
De acordo com a publicação, até 15% da população mundial sofre desta condição, com mais incidência no sexo feminino. Os testes em laboratório mostram que algumas pessoas, ao visualizar imagens de colmeias ou outras superfícies cheias de buracos (ver galeria), ficam com o batimento cardíaco acelerado e há picos de atividade na parte do cérebro que processa a visão.
Ao pesquisar na internet pela tripofobia, o leitor pode visualizar montagens mais chocantes destes padrões com buracos aplicados à pele humana, feitos com o intuito de chocar, sendo que incomodará até quem não sofre dessa fobia.
E a razão científica? De acordo com um estudo publicado em 2013 na publicação Psychological Science, “pode haver uma parte evolutiva antiga do cérebro que diz às pessoas que elas estão a olhar para um animal venenoso”.
Ou seja, a imagem de vários buraquinhos pequenos induz medo, o que, do ponto de vista evolutivo, faz todo o sentido. Basta pensar em animais como o polvo-de-anéis-azuis, peixe-balão ou alguns anfíbios venenosos de cores garridas (ver galeria).
O estudo apurou que estas espécies venenosas têm, muitas vezes, estes padrões de buracos irregulares que tanto revoltam os tripófobos.