Seguir uma alimentação saudável e equilibrada e ter cuidado com aquilo que se ingere diariamente pode ser uma forma de prevenção contra algumas das doenças mais comuns da atualidade – e muito associadas ao estilo de vida – como a obesidade e a diabetes.
Contudo, este zelo pela saúde através da alimentação pode estar na origem de um dos distúrbios alimentares mais atuais e que espelha que um alimentação saudável deixa facilmente de o ser quando passa a ser uma obsessão. Falamos da ortorexia.
A ortorexia foi mencionada medicamente pela primeira vez em 1997. Passados quase 20 anos, fala-se abertamente deste problema por ser um dos mais recorrentes e dos que mais se confunde com aquilo que até hoje se chamava de hábitos alimentares cuidados. A Organização Mundial da Saúde acredita que 28% da população ocidental sofra de ortorexia nervosa, perdendo demasiado tempo no escrutínio do valor nutricional de cada alimento.
Mas, quais são os sinais de alerta? Na verdade, são vários, mas muitos deles dificilmente detetáveis, uma vez que se confundem com hábitos saudáveis. O segredo está em analisar o nível de obsessão perante tais hábitos e o comportamento da pessoa perante a comida.
Segundo o The Mirror, são estes os seis sinais mais comuns de ortorexia:
1 – Sentir preocupação com os pensamentos relacionados com comida, seja no que diz respeito à constante necessidade de planear tudo o que vai comer ou pela simples sensação de preocupação pelo simples facto de estar a pensar em comida;
2 – Ter regras rígidas quanto à alimentação, renegando totalmente grupos alimentares ou alimentos em específicos pelos possíveis malefícios que podem trazer à saúde;
3 – A comida afeta o estado de espírito, com as regras impostas a trazerem uma sensação de tristeza e frustração.
4 – As pessoas mais próximas começam a notar comportamentos extremos quanto à comida, ficando claro que os alimentos ‘não saudáveis’ são completamente banidos e os alimentos saudáveis são comidos estrategicamente, como se de uma regra impossível de quebrar se tratasse.
5 – Os alimentos são classificados como bons ou maus… e nem os mais ou menos têm hipótese.
6 – A comida começa a ser um entrave social, fazendo com que a pessoa não queria convívios com outras pessoas sempre que existe comida que não pode escolher, confecionar ou controlar.
