A entrada na adolescência ou na idade pré-adulta foi, pelos vistos, até hoje, a porta para um novo mundo de hábitos, dos quais faziam – quase que necessariamente – parte o álcool, as saídas à noite e os fumos, sejam eles de tabaco ou substâncias psicotrópicas.
No entanto, esses hábitos parecem estar – ainda que lentamente – a desaparecer. Tudo graças às novas tecnologias. Dados os números que apontam para um decréscimo no consumo destes hábitos, (que no ano passado atingiu o valor mais baixo dos últimos 40 anos), uma equipa de investigadores americanos procura saber se a chegada dos smartphones é a explicação para esse mesmo facto.
“É extremamente interessante e útil que se investigue uma possibilidade destas”, diz o neurocientista Arko Ghosh, especialista na análise de comportamentos humanos e professor na Universidade de Zurique ao New York Times, acrescentando ser praticamente impossível apontar “exatamente como é que os smartphones afetam o nosso cérebro”, sendo no entanto certo que existem “ligações entre o uso do smartphone e a atividade cerebral”.
Além desta curiosidade, a publicação norte-americana, citando fonte especializada na área, afirma que as campanhas de saúde pública em jeito de alerta sobre os efeitos nocivos do uso de droga, aliados ao acesso livre à informação via internet, ajudaram a consciencializar os mais jovens do perigo que o mundo das substâncias ilegais representa.