Anti-inflamatório para artrite poderá prevenir ataques cardíacos e AVC

Canaquinumabe é o nome da substância ativa que promete salvar muitas vidas.

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Vânia Marinho
28/08/2017 16:06 ‧ 28/08/2017 por Vânia Marinho

Lifestyle

Estudo

O Canaquinumabe é uma droga anti-inflamatória que foi concebida para ajudar pessoas que sofrem de artrite reumatoide, mas um estudo - que contou com a participação de 10 mil pacientes - sugere que pode reduzir o risco de ataques cardíacos e AVC e até abrandar a progressão de cancro, podendo salvar muitas vidas.

Grosso modo o funcionamento do Canaquinumabe é simples, ele diminui a inflamação que pode provocar o entupimento das artérias e que pode dar origem a eventos cardíacos como ataque cardíaco ou AVC. Ao reduzir essa inflamação no corpo também pode abrandar a progressão de alguns tipos de cancro.

De acordo com o estudo liderado por Brigham e Women’s hospital em Boston, os sobreviventes do ataque cardíaco que receberam injeções deste anti-inflamatório tiveram menos eventos cardíacos no futuro, disseram cientistas. Como reporta o Guardian, as mortes por cancro também foram reduzidas para metade nas pessoas tratadas com a droga, que normalmente é usada apenas para doenças inflamatórias raras.

De acordo com as conclusões do estudo, publicadas no The New England Journal of Medicine, esta substância mostrou-se capaz de diminuir em 15% o risco de ataque cardíaco, em 50% a probabilidade de morte de cancro e ainda proteger contra doenças inflamatórias como a gota ou a artrite.

No ensaio clínico, os 10 mil pacientes (de cerca de 40 países), que tiveram um ataque cardíaco e tinham um exame de sangue positivo para a inflamação, receberam doses elevadas de estatinas, bem como Canaquinumabe ou placebo, ambas administradas por injeção a cada três meses. O ensaio durou quatro anos.

Paul Ridker do Brigham and Women's Hospital, de Boston, destaca com entusiasmo: "Pela primeira vez, conseguimos mostrar claramente que reduzir a inflamação, independentemente do colesterol, reduz o risco cardiovascular".

Como reporta a BBC, apesar de ser muito promissor, alguns especialistas questionam a eficácia da droga, os seus efeitos secundários e o seu custo. 

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