Diz-me quantos amigos tens e dir-te-ei o quão mentalmente saudável serás no futuro. Não se trata de algum tipo de futurologia ou tentativa de adivinhação, mas sim de uma ligação agora cientificamente provada.
Conta um estudo publicado recentemente na revista Child Development que fazer amizades de qualidade na adolescência tem um impacto direto e positivo na saúde mental durante a vida adulta. Por amizade de qualidade, os investigadores classificam aquela que é próxima, que inclui suporte, união e intimidade.
Mas se ter bons amigos faz bem, ser um dos mais populares durante o tempo de estudante pode significar, no futuro, uma maior tendência para ansiedade social.
De acordo com os investigadores da Universidade de Virginia (nos Estados Unidos) - e citados pelo Eureka Alert - "a qualidade da amizade durante a adolescência pode prever diretamente aspetos a longo prazo da saúde mental e emocional", estando a os círculos de amigos mais fechados durante o ensino básico e secundário entre os mais benéficos.
Na prática, os adolescentes que tinham boas amizades apresentaram, já aos 25 anos, menos ansiedade social e um maior sentido de presença. Além disso, tinham menos sintomas de depressão.
Para o estudo, os cientistas norte-americanos contaram com o apoio de 169 adolescentes com 15 anos, que foram acompanhados ao longo de uma década.