É falta de educação ou uma forma de expressão com benefícios para a saúde? A segundo opção é a correta, e quem o diz é a ciência que aconselha a complementar as palavras com gestos, tudo pelo bem estar próprio.
De facto, dependendo do contexto em que é aplicado, o palavrão não tem conotação negativa, sendo frequentemente associado ao vocabulário de quem é natural do norte de Portugal.
Mas venha de onde vier, saiba que tem desculpa para se libertar com certas palavras em contextos específicos. Não esquecendo o comportamento indicado de alguns contextos sociais, os palavrões trazem mais valias para a saúde mental, como defende Emma Byrne, autora de ‘Swearing is good for you’ (Dizer palavrões é bom para si).
Com a explicação de alguns palavrões em concreto e seu significado para o nosso bem estar, o livro lançado nos Estados Unidos apoia-se, entre outros, num estudo universitário realizado no mesmo local que comprova esta teoria.
A experiência que permitiu comprovar a ideia contou com um grupo de jovens a quem era pedido que colocassem a mão num recipiente de água gelada durante o máximo de tempo possível. Aqueles que disseram palavrões como forma de expressar a dor sentida, conseguiram aguentar o mal estar durante mais tempo. Daí advém a teoria de que estas palavras aumentam os níveis de adrenalina e batimento cardíaco – duas respostas filosóficas à tolerância da dor.
Outro exemplo prova que quando uma pessoa é colocada em situação de stress e é proibida de dizer palavrões, o seu rendimento baixa e a experiência torna-se ainda mais stressante.