Outubro continua a ser o objetivo de ambas as partes, mas há uma "possibilidade de se arrastar para além disso", disse o ministro a uma comissão na Câmara dos Lordes.
Tanto para o Reino Unido como para a UE "há alguma margem de manobra", disse.
O prazo foi definido para permitir que o acordo seja aprovado no Conselho Europeu previsto para 18 e 19 de outubro, a tempo de ser ratificado pelos parlamentos de todos os Estados-membros antes da data formal de saída do Reino Unido da UE, 29 de março de 2019.
As negociações estão num impasse devido a divergências no executivo britânico sobre quão próxima deve ser a relação económica e comercial com a UE.
Uma proposta de acordo anunciada pela primeira-ministra, Theresa May, em julho, recomenda uma "área de comércio livre de bens" entre o Reino Unido e a UE após o Brexit.
Essa proposta é contestada pelos que, dentro do executivo britânico, defendem um "hard Brexit", que implica a saída de todos os mecanismos europeus e permite a negociação de acordos de comércio livre com países terceiros.
A proposta também não foi bem recebida pelos líderes europeus, que recusam que Londres venha a beneficiar das vantagens de pertencer à União sem as desvantagens, o chamado "cherry picking", expressão que significa apanhar cerejas e, num sentido figurado, escolher o que agrada mais.
Sem solução continua também a delicada questão da fronteira irlandesa e a necessidade de evitar uma fronteira física entre a Irlanda do Norte, território britânico, e a República da Irlanda, Estado-membro da UE.
Raab disse que 80% do acordo está negociado e instou a UE a "mostrar ambição, pragmatismo e energia" nas negociações.
"Mantenho a confiança de que um acordo está ao nosso alcance", disse.