O Ministério Público de São Paulo, no Brasil, acusou Fernando Haddad dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e quadrilha, noticia o Estadão.
Segundo o promotor Marcelo Batlouni Mendroni, o ex-prefeito de São Paulo e antigo ministro da Educação do primeiro governo de Lula da Silva, terá recebido 2,6 milhões de reais para beneficiar a empreiteira UTC Engenharia S.A.
Fernando Haddad é o 'número 2' de Lula da Silva para as presidenciais brasileiras marcadas para o próximo dia 7 de outubro.
No entanto, o cenário que vinha a ganhar força era que Haddad fosse mesmo o candidato do Partido dos Trabalhadores, isto depois de o Tribunal Superior Eleitoral ter rejeitado a candidatura de Lula no âmbito da Lei da Ficha Limpa.
De acordo com esta lei, um condenado em segunda instância não poderá exercer o cargo de presidente do país, ou seja, Lula da Silva, condenado a 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, e a cumprir pena desde abril, fica impossibilidade de concorrer.
O Partido dos Trabalhadores, no entanto, parece apostado em manter Lula e promete recorrer até onde for possível. Haddad mantém-se como 'plano B' e, caso a candidatura do ex-presidente falhe, o PT pretende conseguir transferir os votos de Lula - que continua à frente das sondagens - diretamente para Haddad.
Esta acusação do Ministério Público de São Paulo ao 'número dois' de Lula poderá baralhar ainda mais as contas do PT, naquelas que são as eleições mais imprevisíveis, no Brasil, de que há memória.