Dois anos após a tentativa de golpe de Estado falhada na Turquia as autoridades turcas continuam a fazer detenções.
Conta a Reuters que a polícia de Istambul confirmou esta segunda-feira a detenção de 51 soldados e de nove outras pessoas.
São todos suspeitos de ligações a Fethullah Gulen, o clérigo que o regime de Erdogan acusa de ter sido responsável pela tentativa de golpe de Estado.
Foi em julho de 2016 que Erdogan viu o seu poder ameaçado durante horas. Cerca de 250 pessoas morreram mas os apoiantes do presidente turco saíram vencedores, ao irem para a rua em peso para o defender.
Após horas de tensão, com tanques nas ruas e pontos-chave sob controlo, os militares envolvidos no golpe perderam força e viram Erdogan aterrar triunfante no aeroporto internacional de Atatürk, pronto para reassumir o controlo da situação.
De então para cá foi violenta a 'purga' levada a cabo. Centenas de milhares de pessoas foram detidas ou afastadas dos seus cargos, com Erdogan a aproveitar para cimentar o seu peso entre as forças armadas e de segurança, mas também na justiça, educação e media, conseguindo desta forma sair reforçado da tentativa de golpe.
Cerca de 50 mil pessoas continuavam detidas em março passado a aguardar julgamento, segundo a organização das Nações Unidas para os refugiados.