O magistrado responsável, Mark Lucraft, resumiu os acontecimentos como "82 segundos de grande e terrível drama" e disse que as "vidas de muitos foram desfeitas", pedindo um minuto de silêncio de homenagem.
No tribunal criminal central de Inglaterra e País de Gales foram ainda lidos breves testemunhos de amigos e familiares, processo que o Lucraft quis seguir para dar "algum conforto" aos próximos das vítimas.
Um dos testemunhos lidos foi o de Melissa Cochran, cujo marido, Kurt Cochran, de 54 anos, sofreu ferimentos fatais ao empurrá-la para a desviar do automóvel antes do embate.
"Ele era o meu melhor amigo, o meu marido e o meu tudo. Eu tive muita sorte de ter vivido 25 anos maravilhosos com o homem dos meus sonhos. Ele fez-me rir todos os dias. Eu prezo cada memória que criámos", leu Angela Stoll, que representou a irmã por esta estar demasiado desgostosa.
O londrino Leslie Rhodes, de 75 anos, a anglo-espanhola Aysha Frade, de 43 anos, a romena Andreea Cristea, de 31 anos, e o agente policial Keith Palmer, de 48 anos, foram as outras vítimas mortais.
Khalid Masood, de 52 anos, atropelou mortalmente quatro pessoas na ponte de Westminster com um veículo alugado e depois esfaqueou um polícia que estava a proteger o Parlamento, fazendo ainda 49 feridos, entre os quais o português Francisco Lopes, de 27 anos.
O inquérito, um procedimento a que são sujeitas todas as mortes súbitas e sem causa natural no Reino Unido, pretende determinar a causa da morte de cada uma das vítimas.