A polícia confirmou a morte de uma pessoa em Cabo Haitiano, no norte, onde também há registo de vários feridos. Os meios de comunicação social locais, que citam fontes não identificadas, dão conta de outra vítima mortal.
Em Port-Au-Prince, a polícia disparou tiros e granadas de gás lacrimogéneo para tentar afastar os manifestantes que pretendiam chegar ao Parlamento.
Durante os protestos, sob forte aparato policial, agentes e manifestantes envolveram-se em vários confrontos, em diferentes localidades.
O movimento Petrocaribe Challenge, que nasceu nas redes sociais e já organizou numerosos protestos desde agosto passado, exige que o Governo esclareça o tratamento alegadamente fraudulento dos fundos Petrocaribe, do qual o Haiti beneficia há 12 anos.
O programa foi uma iniciativa do antigo Presidente da Venezuela Huga Chavez para permitir a vários países da América Latina e das Caraíbas adquirir produtos petrolíferos a preços vantajosos e pagar as faturas no prazo de 25 anos e com uma taxa de juro de 1%.
Numa mensagem transmitida na televisão, o Presidente do Haiti, Jovenel Moise, defendeu que só "com união, paz e diálogo é possível avançar".
Para o líder da oposição, Moise Jean Charles, apenas com a saída de Jovenel Moise se resolverá o caso dos fundos Petrocaribe.
"Jovenel tem que sair, não há outra opção, ele é um obstáculo para a estabilidade e a paz. Ele e os amigos gastam milhões de dólares quando vemos milhares a morrer à fome (...) Vamos continuar as manifestações até ele sair", declarou.