Canadá interpela Japão sobre a "importância da conservação das baleias"

O primeiro-ministro canadiano interpelou hoje o seu homólogo japonês, Shinzo Abe, sobre "a importante questão da conservação das baleias", após Tóquio formalizar a retirada da Comissão Baleeira Internacional para retomar a pesca comercial em julho.

Notícia

© Reuters

Lusa
08/01/2019 22:40 ‧ 08/01/2019 por Lusa

Mundo

Justin Trudeau

O arquipélago asiático junta-se assim à Islândia e à Noruega, únicos países que praticam a caça de baleia para fins comerciais, e abriu caminho a duras críticas da comunidade internacional e das organizações defensoras dos direitos dos animais.

Segundo um comunicado hoje divulgado, durante uma conversa telefónica na segunda-feira à noite entre os dois dirigentes, Justin Trudeau "prometeu trabalhar com parceiros internacionais para proteger as espécies de baleias".

O Japão anunciou a 26 de dezembro passado a sua saída da Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês), desafiando abertamente os defensores dos cetáceos, 30 anos após o fim oficial de caça às baleias, cuja população continua a diminuir.

Outra das questões discutidas entre ambos foi o comércio internacional, saudando a entrada em vigor, a 30 de dezembro, do Acordo de Livre Comércio Transfronteiriço (IPPP, na sigla em inglês).

Trudeau e Abe também debateram a próxima cimeira do G20, que será realizada em junho em Osaka, no Japão, com o primeiro-ministro canadiano a prometer que o Canadá "apoiará ativamente o Japão para ajudá-lo a ter sucesso".

Por fim, falaram sobre a "detenção de dois cidadãos canadianos na China, reiterando ambos a importância [da luta] pela Justiça e pelo Estado de Direito", adianta o comunicado.

As autoridades chinesas mantêm há um mês detidos o ex-diplomata canadiano Michael Kovrig, contratado pelo 'think tank' Internacional Crisis Group e o construtor canadiano Michael Spavor, que mantém frequentes contratos com a Coreia do Norte, indiciados por ameaças à segurança do Estado.

Muitos observadores acreditam que as detenções são uma retaliação pela prisão, em Vancouver, do diretor financeiro da empresa Huawei, gigante de telecomunicações da China.

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas