O arquipélago asiático junta-se assim à Islândia e à Noruega, únicos países que praticam a caça de baleia para fins comerciais, e abriu caminho a duras críticas da comunidade internacional e das organizações defensoras dos direitos dos animais.
Segundo um comunicado hoje divulgado, durante uma conversa telefónica na segunda-feira à noite entre os dois dirigentes, Justin Trudeau "prometeu trabalhar com parceiros internacionais para proteger as espécies de baleias".
O Japão anunciou a 26 de dezembro passado a sua saída da Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês), desafiando abertamente os defensores dos cetáceos, 30 anos após o fim oficial de caça às baleias, cuja população continua a diminuir.
Outra das questões discutidas entre ambos foi o comércio internacional, saudando a entrada em vigor, a 30 de dezembro, do Acordo de Livre Comércio Transfronteiriço (IPPP, na sigla em inglês).
Trudeau e Abe também debateram a próxima cimeira do G20, que será realizada em junho em Osaka, no Japão, com o primeiro-ministro canadiano a prometer que o Canadá "apoiará ativamente o Japão para ajudá-lo a ter sucesso".
Por fim, falaram sobre a "detenção de dois cidadãos canadianos na China, reiterando ambos a importância [da luta] pela Justiça e pelo Estado de Direito", adianta o comunicado.
As autoridades chinesas mantêm há um mês detidos o ex-diplomata canadiano Michael Kovrig, contratado pelo 'think tank' Internacional Crisis Group e o construtor canadiano Michael Spavor, que mantém frequentes contratos com a Coreia do Norte, indiciados por ameaças à segurança do Estado.
Muitos observadores acreditam que as detenções são uma retaliação pela prisão, em Vancouver, do diretor financeiro da empresa Huawei, gigante de telecomunicações da China.