Na serra de Totalán, em Málaga, continuam as complexas operações para tentar resgatar o pequeno Julen, o menino de dois anos e meio de idade que no passado domingo caiu a um poço com mais de cem metros de profundidade e 25 centímetros de diâmetro.
Há uma bolsa de ar 73 metros abaixo do solo onde Julen estará. Dia e noite fora, as centenas de elementos envolvidos vão-se revezando no resgate. Toda a Espanha e boa parte do mundo mantém-se atento ao que ali se passa, na esperança de que Julen possa ainda estar vivo.
O Diario Sur, que tem acompanhado ao detalhe as operações de resgate, falou com Julián Moreno Ruiz , diretor técnico e coordenador regional dos bombeiros.
Ele próprio um bombeiro com 30 anos de carreira, Julián Moreno Ruiz é claro ao falar do espírito de entrega que tem marcado as operações de resgate: "não nos permitimos o luxo de desmaiar, não até conseguirmos. É como um filho nosso. O Julen já um menino do mundo, um que une os seres humanos".
Julián Moreno Ruiz estava a trabalhar no passado domingo quando tudo aconteceu. Percebeu, desde logo, que ia ter em mãos algo complexo. Não havia registos de um resgate assim, nem na região, nem em Espanha, possivelmente nem no mundo.
Houve bombeiros a interromper férias e a disponibilizarem-se para ajudar. De várias partes do mundo chegaram ofertas de ajuda, com pessoas e material, para ajudar na complexa operação contrarrelógio.
Ao Diario Sur, este bombeiro garante que o esforço se deve a uma motivação em particular: quem trabalha no resgate continua a acreditar que Julen tem uma hipótese. O menino ainda poderá estar vivo.
Entretanto, num fim de semana que promete alguma chuva, os operacionais no terreno continuam à procura de chegar ao menino. Amanhã - domingo - fará uma semana desde que o menino caiu ao buraco de prospeção. Cada hora é cada vez mais preciosa do que a anterior.