Super Bowl: Mais de 112 mil assinam petição contra Maroon 5 no intervalo

A banda cancelou uma conferência de imprensa que estava prevista, para não aumentar a polémica.

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Pedro Filipe Pina
30/01/2019 16:12 ‧ 30/01/2019 por Pedro Filipe Pina

Mundo

Petição

É um dos mais destacados eventos desportivos do planeta. Este ano, porém, o Super Bowl - a grande final da liga de futebol americano - conta com ainda mais atenção na preparação para o grande dia. Uma petição assinada por mais de 112 mil pessoas quer que os Maroon 5 não atuem durante o intervalo.

Em causa está uma polémica iniciada ainda nos primeiros tempos de presidência de Donald Trump.

Tudo começou quando o jogador Colin Kaepernick se ajoelhou antes de uma partida, quando tocava o hino norte-americano.

O protesto silencioso contra a violência policial e a discriminação racial contou com apoio de mais atletas mas também as reações revoltadas de presidentes de equipas e da própria organização, a NFL. A dada altura, o próprio Trump juntou-se ao coro de críticos do protesto silencioso.

Nos últimos meses foram surgindo notícias de diferentes artistas que terão optado por declinar o convite para atuar no intervalo, nomeadamente Rihanna (algo que não foi confirmado oficialmente). Para se ter noção, o intervalo do Super Bowl é espaço predileto para as marcas apresentarem os seus novos anúncios - pagando milhões por alguns segundos de transmissão.

Para a história ficaram várias atuações de artistas, entre eles o episódio do mamilo à mostra de Janet Jackson, quando esta atuou com Justin Timberlake.

Os Maroon 5 são o grande destaque do intervalo deste ano do Super Bowl, que se realiza no próximo domingo, a par do rapper Travis Scott. A Sky News dá conta de uma petição que tinha esta quarta-feira mais de 112 mil assinaturas de pessoas que se opunham à atuação.

Entretanto, embora seja habitual os artistas participarem numa conferência de imprensa, tal não aconteceu com os Maroon 5, numa tentativa de dar menor atenção e foco à polémica. A NFL emitiu inclusive um comunicado onde explica que os artistas não precisam de falar neste momento. "Como se trata de música, os artistas vão deixar o seu espectáculo falar por eles".

Atualmente, Colin Kaepernick mantém um diferendo com a NFL, que acusa de lhe ter prejudicado a carreira por causa do seu ativismo. Após o seu protesto se ter espalhado em 2017, o atleta acabou por ficar sem vaga no plantel de nenhuma equipa na época seguinte. Apesar de tudo, ainda foi protagonsita de um anúncio da Nike.

O rosto de Colin Kaepernick surge na campanha lançada pela marca desportiva no ano passado com a hashtag #JustDoIt acompanhada da frase 'Believe in something, even if it means sacrificing everything', que podemos traduzir como "acredita em algo, mesmo que isso implique sacrificares tudo".

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