Os 2,4 milhões de eleitores na Lituânia são hoje chamados a votar, entre nove candidatos, o novo Presidente do país báltico. Já está marcada para 26 de maio uma eventual segunda volta.
As sondagens indicam que apenas três dos nove candidatos têm hipótese de passar à segunda volta e de substituir a Presidente cessante, Dalia Grybauskaite, que não se pode candidatar após ter cumprido dois mandatos de cinco anos.
São a antiga ministra das Finanças Ingrida Simonyte, 44 anos, apoiada pelos conservadores, o primeiro-ministro de centro-direita, Saulius Skvernelis, 48 anos, e o economista independente Gitanas Nauseda, 54 anos.
Simonyte é popular entre os urbanos favorecidos, enquanto a campanha populista de Skvernelis agrada nas zonas rurais desfavorecidas. Nauseda propõe diminuir o fosso entre ricos e pobres no país com 2,8 milhões de habitantes.
Todos os candidatos são partidários convictos da União Europeia (UE) e da NATO, considerada uma muralha contra o vizinho russo.
Na Lituânia, o Presidente não exerce o poder político quotidiano, mas é responsável pela política externa e nomeia os ministros, os chefes militares e responsáveis da banca central, na maioria das vezes após "luz verde" do primeiro-ministro ou do parlamento.
Independente após a guerra de 1914-1918, a Lituânia foi anexada pela URSS durante a Segunda Guerra Mundial e foi o primeiro país a proclamar a sua independência em 1990, um ano antes da dissolução da União Soviética.
É membro da NATO e da UE desde 2004, tendo integrado a zona euro em 2015.