O porta-voz da coligação não especificou a natureza do ataque a este aeroporto, localizado no sudoeste do reino e alvo, a 12 de junho, do lançamento de mísseis pelos rebeldes iemenitas houthis que feriu 26 civis, de acordo com as autoridades sauditas.
"Um ataque terrorista das milícias houthis, apoiadas pelo Irão, no Aeroporto Internacional de Abha (...), matou um residente sírio e feriu 21 civis", avançou a coligação num comunicado divulgado pela agência oficial saudita, SPA.
Por sua parte, os houthis anunciaram, através de seu canal de televisão Al-Massirah, que realizaram "ataques de drones contra os aeroportos de Abha e Jizane".
A coligação não mencionou qualquer ataque ao aeroporto de Jizane.
Após o anúncio do ataque em Abha, as autoridades do aeroporto anunciaram na rede social Twitter "o restabelecimento normal do tráfego aéreo".
A Arábia Saudita tem liderado com vários países vizinhos uma intervenção militar no Iémen desde 2015, em apoio a forças pró-governo que se opõem aos houthis, ajudados pelo Irão, rival regional da Arábia Saudita.
Os houthis intensificaram nas últimas semanas os ataques contra o reino saudita. Vários drones e mísseis foram intercetados.
Em 19 de junho, os rebeldes iemenitas dispararam um "projétil" que caiu perto de uma instalação de dessalinização Al-Chouqaiq, na província de Jizane, sem causar vítimas ou danos significativos.
Em 20 de junho, as forças sauditas intercetaram um drone lançado pelos houthis que visava um ataque à cidade de Jizane.
Os houthis reivindicaram a responsabilidade por ambos os ataques.
O porta-voz da coligação denunciou o crescente número de ataques houthis contra instalações civis na Arábia Saudita, alegando que estes são "crimes de guerra".
Após o ataque de 12 de junho ao aeroporto de Abha, a organização não-governamental Human Rights Watch descreveu a operação como um aparente "crime de guerra", que mereceu também a condenação por parte do Conselho de Segurança da ONU.
Os houthis controlam grande parte do norte e do oeste do Iémen e da sua capital, Sanaa.
O conflito naquele país já matou dezenas de milhares de pessoas, incluindo muitos civis, segundo várias organizações humanitárias.