Federica Mogherini disse que continuam as tentativas de manter "a aplicação intacta" do acordo que atravessa "os dias mais difíceis", descrevendo que as "condições são as mais difíceis que se possam imaginar".
A chefe da diplomacia comunitária recordou ainda, respondendo a questões sobre o tema numa conferência de imprensa após uma reunião com o ministro paquistanês das Relações Exteriores, que o documento tem "mecanismos e medidas que podem ser tomadas caso não se cumpra", apesar dos esforços que estão a ser feitos para ser mantido em vigor.
A italiana defendeu ainda os mecanismos desenvolvidos pela UE para manter o "comércio legítimo com o Irão", apesar das sanções económicas introduzidas pelos norte-americanos por consideram que Teerão está a violar o acordo nuclear.
Na próxima sexta-feira, os países signatários do pacto nuclear vão reunir-se em Viena para garantir a continuação do plano assinado há quatro anos, num encontro presidido pela UE, que vai contar com a presença da secretária-geral do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), Helga Schmid, assim como a China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Irão.
Este encontro foi anunciado no sábado pela SEAE, que explicou que a convocatória tem a "intenção de garantir a continuação da implementação do Plano de Ação Conjunta em todos os seus aspetos e para discutir formas de enfrentar os desafios decorrentes da retirada e da nova aplicação de sanções pelos Estados Unidos sobre o Irão".
Na reunião de hoje entre a Alta Representante da UE e o ministro paquistanês, Shah Mahmood Qureshi, foi assinado um plano estratégico de compromissos para potenciar a cooperação em áreas de interesse comum como a energia, as alterações climáticas, a educação ou a tecnologia.
"O plano reforçará o nosso diálogo e cooperação", indicou Federica Mogherini, enquanto o diplomata paquistanês referiu que a cooperação entre as duas partes se baseia em "valores compartidos pela democracia" que "elevam" o nível de parceria com a assinatura do documento.