"Hoje enviamos uma mensagem forte de que a liberdade de imprensa não é um valor Ocidental, mas universal. Na melhor das hipóteses, uma comunicação social livre protege a sociedade do abuso de poder e ajuda a soltar todo o potencial de um país", defende Jeremy Hunt, num excerto do discurso, divulgado antecipadamente.
Delegações de mais de 100 países e organizações internacionais, incluindo 60 ministros, e mais de 1.500 jornalistas, académicos e ativistas vão participar numa conferência internacional, hoje e quinta-feira em Londres, para discutir formas de melhorar a liberdade de imprensa.
A Conferência Global sobre a Liberdade de Imprensa tem como coanfitriões os ministros dos Negócios Estrangeiros britânico, Jeremy Hunt, e canadiana, Chrystia Freeland, e pretende criar uma coligação de governos determinados a usar a política externa para responder a restrições do trabalho dos jornalistas.
Na origem da iniciativa destes dois países está a convicção de que a liberdade de imprensa é não só um direito consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas "uma parte essencial da prosperidade económica, desenvolvimento social e democracias resilientes".
"A troca aberta de ideias através de uma comunicação social livre permite que o talento de uma sociedade respire, soltando a originalidade e a criatividade de toda a população. As sociedades que abraçam a liberdade de expressão contribuem de forma desproporcional para o avanço do conhecimento humano", vai dizer o ministro britânico.
Por seu lado, a homóloga canadiana, Chrystia Freeland, vai afirmar que "a liberdade de imprensa é a pedra angular de qualquer sociedade democrática e essencial para a proteção e promoção dos direitos humanos".
A conferência, vai vincar, terá não só debates sobre a situação atual da liberdade de imprensa, mas também pretende identificar "passos práticos que podemos dar para trazer mudanças positivas nos nossos próprios países e em todo o mundo".