Na quarta-feira, a comitiva de Trump evitou os locais das manifestações nas duas cidades, tendo o Presidente dos EUA publicado na rede social Twitter diversas fotografias e pequenos filmes em que aparece, ao lado da primeira-dama, em convívio com sobreviventes dos tiroteios, pessoal médico, agentes de autoridade e políticos locais.
"Foi uma visita quente e maravilhosa. Enorme entusiasmo e até amor", escreveu na rede social Twitter Trump em Dayton (Ohio).
Já depois de deixar El Paso, no Texas, Trump insurgiu-se contra o relato da sua visita que foi feita às televisões pela presidente da câmara e por um senador democrata.
"Foi uma representação totalmente errada do que sucedeu", disse o chefe de Estado norte-americano, que não poupou também a cobertura noticiosa da CNN.
Trump acabou por não responder às centenas de manifestantes que empunhavam cartazes pedindo uma revisão das leis de venda e posse de armas, e que se insurgiam contra aquilo que consideram ser "um discurso de extrema-direita" do Presidente acerca da emigração e da violência.
Os manifestantes exibiram cartazes que exortavam o milionário republicano a "opor-se à NRA [National Rifle Association]", o poderoso lóbi das armas que bloqueia as tentativas para regular o mercado das armas de fogo, e proibir as armas de assalto.
Antes das visitas a Dayton e El Paso, Trump declarou que por agora existe "pouco apetite" político em Washington para proibir este género de armas, envolvidas em diversos banhos de sangue.
"Não posso fazer nada além das minhas possibilidades. Penso que há uma grande vontade para fazer alguma coisa para impedir que as pessoas com problemas psíquicos possuam uma arma de fogo", vincou Donald Trump, que acrescentou: "Nunca vi uma vontade tão grande como agora".
Os tiroteios de El Paso e Dayton, protagonizados por dois jovens atiradores e que ocorreram com menos de 13 horas de diferença, provocaram, além de 31 mortos, dezenas de feridos.