"Propomos a realização de um projeto conjunto para avançar com a prevenção dos incêndios florestais na Amazónia e construir uma agenda conjunta para fazer face aos efeitos das alterações climáticas, da desflorestação e da degradação dessa zona", disse o ministro colombiano do Ambiente, Ricardo José Lozano, em conferência de imprensa.
Para o projeto conjunto proposto pela Colômbia, o ministro afirmou que "já tem resultados muito bons na luta contra a desflorestação" e lembrou que o país registou 197.159 hectares de áreas desflorestadas de bosques naturais no ano passado, o que supõe uma redução de 22.814 hectares face aos 219.973 de 2017.
O projeto proposto pela Colômbia inclui "empreendimentos com comunidades locais, prevenção e pactos para as florestas nas quais a comunidade concorda em não realizar práticas proibidas em épocas de seca como o mês de agosto", exemplificou o governante sul-americano.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Tem cerca de cinco milhões e meio de quilómetros quadrados, representando cerca de 25% do território da América do Sul, e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (território pertencente à França).
O número de incêndios no Brasil cresceu 70% este ano, em comparação com período homólogo de 2018, tendo o país registado 66,9 mil focos até ao passado domingo, com a Amazónia a ser o bioma (conjunto de ecossistemas) mais afetado.
Dados do sistema de monitorização por satélite chamado Deter, que é mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais brasileiro (INPE) indicam que em julho a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O INPE é o organismo do governo brasileiro que monitoriza os dados sobre a desflorestação e queimadas no país.