"Somos defensores da democracia e dos valores democráticos e reconhecemos Juan Guaidó como o presidente legítimo da Venezuela", afirmou Duque, acrescentando que a Colômbia "nunca atacou a Venezuela".
Segundo Iván Duque, o Governo colombiano, à semelhança de "muitos outros países", não tem feito mais do que denunciar "a ditadura" de Nicolás Maduro.
Na quarta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou a um diálogo que ajude a aliviar as tensões entre os países vizinhos, especialmente após o início das manobras militares venezuelanas na região fronteiriça.
"Estamos a par dos exercícios militares. Esperamos que, através do diálogo, os dois países possam encontrar uma maneira de aliviar as tensões existentes", disse Guterres, através do seu porta-voz, Stéphane Dujarric.
Na semana passada, Maduro declarou um "alerta laranja" sobre os 2.219 quilómetros de fronteira que a Venezuela partilha com a Colômbia e ordenou exercícios militares.
Iván Duque lembrou ainda que o chefe da diplomacia colombiana, Carlos Holmes Trujillo, denunciou ao Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) que o Governo venezuelano tem vínculos com grupos armados ilegais.
"A Colômbia não vai parar de denunciar o que está a acontecer. Esta ditadura está a patrocinar grupos terroristas no seu território para atacar a Colômbia, como é o caso do ELN [Exército de Libertação Nacional]", disse.
O governante instou as Nações Unidas, "dadas as provas existentes", a cumprirem a resolução 1373, adotada pelo Conselho de Segurança em 12 de novembro de 2001 e na qual se declarou que os atos de terrorismo internacional constituem uma das mais graves ameaças à paz e à segurança no mundo.
Duque também elogiou o primeiro passo dado na ativação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), argumentando que a crise na Venezuela representa "uma clara ameaça à paz e à segurança" na região.
Uma dúzia de países americanos convocou, na quarta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados que integram o TIAR para uma reunião na segunda quinzena deste mês, onde será discutida a crise na Venezuela.
A decisão foi tomada no conselho permanente da OEA e contou com a aprovação de 12 dos 19 países signatários do acordo - Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Honduras, Paraguai, República Dominicana e Venezuela.
Por sua vez, Costa Rica, Panamá, Peru, Uruguai, Trinidad e Tobago abstiveram-se, enquanto Cuba e as Bahamas não estiveram presentes no encontro.