A administração norte-americana está a preparar um dossier para provar as suas alegações e convencer a comunidade internacional, nomeadamente os europeus, na Assembleia-Geral das Nações Unidas na próxima semana, adiantou o responsável que não quis ser identificado.
Instalações petrolíferas em Abqaiq e Khurais, no leste da Arábia Saudita, foram atacadas no sábado, presumivelmente por aparelhos aéreos não tripulados ('drones'), levando a uma queda para cerca de metade da produção saudita de crude, à volta de 5,7 milhões de barris diários ou cerca de 6% da oferta global.
Embora o ataque tenha sido reivindicado pelos rebeldes iemenitas pró-iranianos Huthis, que regularmente disparam mísseis balísticos contra alvos no sul da Arábia Saudita e que atingiram a infraestrutura petrolífera do reino em maio e agosto, os serviços de informações norte-americanos dispõem de elementos que permitem localizar a origem dos tiros, precisou a mesma fonte.
Questionado sobre se Washington tem a certeza de que os mísseis partiram de solo iraniano, o responsável respondeu "sim".
Também respondeu afirmativamente em relação à utilização de mísseis de cruzeiro, recusando precisar o número de mísseis utilizado.
O presidente norte-americano, Donald Trump, declarou hoje que o Irão parecia estar por trás do ataque contra a Arábia Saudita, mas que queria "saber com certeza quem é o responsável", adiantando pretender "evitar" um conflito.
Teerão tem rejeitado as acusações sobre o seu envolvimento no ataque, que classificou de "insensatas" e "incompreensíveis".
A Arábia Saudita (sunita) combate desde meados de 2015 no Iémen os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão (xiita), o grande rival regional de Riade.