"Dado este cenário, a praga de gafanhotos este ano é considerado um caso de emergência, por isso o Ministério da Agricultura e Ambiente reforça a campanha de combate às pragas com apoio dos militares", adianta o Governo de Cabo Verde em comunicado.
O Ministério da Agricultura e Ambiente informa que na sexta-feira uma equipa de combate, reforçada com militares, estará na zona de Ribeirão Chiqueiro, na ilha de Santiago.
A mesma fonte explica que durante um período de seca prolongada é frequente e natural a explosão da população de uma determinada praga, devido, essencialmente, ao desequilíbrio do ecossistema frágil do meio rural do país.
"As plantas, quando estão frágeis por falta de água ou de alimento no solo, ficam mais vulneráveis aos ataques de pragas ou doenças", prossegue o ministério, notando que a água dda chuva, que serve para lavagem de plantas e redução do risco de pragas, não caiu em quantidade necessária nos últimos dois anos.
Em Cabo Verde voltou a chover este mês, após dois anos consecutivos de seca, e uma praga de gafanhotos começou a afetar as terras áridas e semiáridas das ilhas de Santiago, Brava, São Nicolau e São Vicente.
Na terça-feira, o ministro da Agricultura e Ambiente cabo-verdiano, Gilberto Silva, disse que o seu ministério está preparado e que iria reforçar "ainda mais" a campanha contra a praga de gafanhotos.
Gilberto Silva referiu também que Cabo Verde é um país sob influência do Sahel, uma faixa de território, maioritariamente desértica, entre o norte de África e o resto do continente, onde os gafanhotos constituem uma característica dessa região e multiplicam-se nesta altura do ano.