Os governos dos sete países também expressaram na declaração, divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paraguai, a sua "total rejeição" a qualquer tentativa de "desestabilização dos regimes democráticos legitimamente constituídos".
O Equador está a ser abalado nos últimos dias por um movimento social inédito desde 2007, com bloqueios de estradas, manifestações por vezes violentas e greves que paralisam o país.
Os sete países signatários do comunicado apoiam todas as ações de Moreno "para recuperar a paz, a institucionalidade e a ordem, usando os instrumentos previstos pela Constituição e pela Lei, como tem feito".
O Equador está a viver uma crise institucional e política desde a semana passada, na sequência do anúncio de uma série de medidas para "revitalizar a economia", incluindo a suspensão dos subsídios ao combustível.
O anúncio feito pelo Presidente, Lenín Moreno, provocou uma greve dos trabalhadores dos transportes, que terminou poucos dias depois, mas os distúrbios têm-se multiplicado em todo o país e no fim de semana os indígenas -- que representam 7% da população -- começaram a juntar-se aos protestos.
No sábado e no domingo, as estradas da serra Andina foram alvo de uma onda de saques e destruição, e na madrugada de hoje as ruas estreitas do centro histórico de Quito tornaram-se um campo de batalha entre manifestantes de diferentes grupos e a polícia.
Pneus queimados, pedras e 'cocktail molotov' atirados e vários bens públicos destruídos eram o cenário visível esta manhã na capital, avançou a agência de notícias espanhola Efe.
Quando os distúrbios chegaram à praça de Santo Domingo, a poucas centenas de metros da sede da presidência, a polícia teve de se retirar e as forças militares decidiram evacuar o Palácio Carondelet e transferir o chefe de Estado para Guayaquil.
Já nessa cidade, o Presidente fez uma declaração na televisão e na rádio públicas para pedir calma e acusou o ex-Presidente Rafael Correa de uma "tentativa de golpe de Estado".