O Nobel da Paz de 2019 foi atribuído ao primeiro-ministro da Etiópia Abiy Ahmed. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira. O líder etíope foi laureado devido aos seus esforços para estabelecer a paz e conseguir a cooperação internacional, particularmente com a sua iniciativa de resolver o conflito fronteiriço com a vizinha Eritreia.
O comité do Nobel salientou ainda o trabalho que Abiy Ahmed tem desenvolvido a nível interno na Etiópia, destacando as reformas implementadas no país que "dão aos cidadãos a esperança de uma vida melhor e de um futuro mais brilhante".
"Como primeiro-ministro, Abiy Ahmed procurou promover reconciliação, solidariedade e justiça social", pode ler-se na página do Twitter do Prémio Nobel.
BREAKING NEWS:The Norwegian Nobel Committee has decided to award the Nobel Peace Prize for 2019 to Ethiopian Prime Minister Abiy Ahmed Ali.#NobelPrize #NobelPeacePrize pic.twitter.com/uGRpZJHk1B
— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 11, 2019
O comité do Nobel também reconheceu os esforços do presidente da Eritreia Isaias Afwerki para resolver o impasse que durava há duas décadas entre os dois países africanos.
Abiy Ahmed era apontado como um dos favoritos na corrida ao Prémio Nobel da Paz. No entanto, a maioria das casas de apostas colocava a jovem ativista Greta Thunberg na liderança da corrida ao Nobel da Paz.
No ano passado, foram distinguidos com o Nobel da Paz o médico congolês Denis Mukwege e a ativista yazidi Nadia Murad pelo seu trabalho contra a violência sexual.
Na segunda-feira foi anunciado o Nobel da Medicina, que premiou os norte-americanos William G. Kaelin e Gregg L. Semenza e o britânico Sir Peter J. Ratcliffe, pelas suas descobertas relativamente à forma como as "células pressentem e se adaptam ao oxigénio disponível".
Esta terça-feira foram laureados com o Nobel da Física o norte-americano James Peebles e os suíços Michel Mayor e Didier Queloz.
Peebles foi congratulado pelas suas "descobertas na teoria da cosmologia física". Mayor e Queloz foram distinguidos pela descoberta de "um exoplaneta em órbita de uma estrela do tipo solar".
Quarta-feira foram conhecidos os laureados com o Nobel da Química, que foi atribuído ao norte-americano John B. Goodenough, ao britânico M. Stanley Whittingham e ao japonês Akira Yoshino pelo seu trabalho no desenvolvimento de baterias de iões de lítio.
Esta quinta-feira a Academia Sueca atribuiu os Nobel da Literatura de 2018 e 2019. O prémio de 2018 foi para a escritora polaca Olga Tokarczuk pela sua "imaginação narrativa que com uma paixão enciclopédica representa o cruzamento das fronteiras como uma forma de vida". Já o Nobel deste ano premiou o Peter Handke pelo seu "trabalho influenciador que com a ingenuidade linguística explorou a periferia e a especificidade da experiência humana"
O último Nobel a ser atribuído é o da Economia, algo que vai acontecer na segunda-feira.
[Notícia atualizada às 10h17]