ONU pede rigor para evitar ideias ultranacionalistas e xenófobas

A ONU afirmou hoje que o recente ataque antissemita em Halle, no leste da Alemanha, mostra a necessidade de existir uma atuação mais rigorosa no combate à proliferação de ideias ultranacionalistas, racistas e xenófobas.

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© Reuters

Lusa
11/10/2019 19:00 ‧ 11/10/2019 por Lusa

Mundo

Michelle Bachelet

O alerta do gabinete do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos surge em reação ao tiroteio ocorrido na quarta-feira perto de uma sinagoga na cidade de Halle, que fez dois mortos.

O atacante, um alemão de 27 anos que admitiu hoje ter motivações antissemitas, filmou o ataque, que durante 35 minutos foi transmitido, em directo, numa plataforma na Internet.

Segundo informações recolhidas pelo organismo da ONU, muitas pessoas conseguiram ter acesso às imagens transmitidas na Internet pelo atacante, antes destas terem sido eliminadas.

"A relação entre a incitação ao ódio e à violência e a execução real de crimes de ódio, com base na raça, religião ou etnia, não deve ser ignorada por ninguém, nem o facto como estes extremismos violentos têm reação através da Internet e das redes sociais", disse o organismo dirigido pela Alta Comissária Michelle Bachelet.

O órgão alertou igualmente que "nenhuma sociedade deve considerar que está imune ao vírus do ódio".

Ao divulgar o tiroteio na Internet, o atacante pretendia ter, segundo frisou a Procuradoria federal alemã (entidade responsável pela investigação), uma "repercussão global" dos seus atos e incentivar outros extremistas a cometerem outros ataques.

O porta-voz do gabinete do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humano, Rupert Colville, lembrou hoje, em declarações em Genebra, que nos últimos meses os incidentes antissemitas aumentaram em vários países, incluindo nos Estados Unidos, França e Bélgica.

Em reação ao ataque, a chanceler alemã, Angela Merkel, prometeu "tolerância zero" face ao "ódio" e a "violência".

 

 

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