Donald Trump considerou, numa mensagem hoje divulgada através da rede social Twitter, que Dan Brouillette é "um profissional completo" e que a sua experiência na área "é incomparável".
Na mesma mensagem, Trump aproveitou para elogiar Rick Perry e referir que a sua saída acontecerá no final do ano.
O secretário norte-americano da Energia, Rick Perry, renunciou na quinta-feira ao cargo num momento de crescente controvérsia sobre o seu papel nas pressões da Casa Branca à Ucrânia para investigar o ex-vice-Presidente Joe Biden, tendo o Presidente aceitado.
O pedido de renúncia foi feito por Rick Perry durante uma viagem no avião presidencial para o Texas, onde Donald Trump foi em campanha eleitoral.
"Rick [Perry] fez um trabalho fantástico na Energia, mas já era tempo [de sair], três anos é muito tempo", afirmou Donald Trump no Texas.
Rick Perry era um dos poucos membros do gabinete original escolhido por Donald Trump que ainda permanecia com o Presidente, mas, nas últimas semanas, foi acusado de fazer parte de um trio político (com o embaixador norte-americano na União Europeia e o representante especial dos EUA em Kiev, Kurt Volker) que terá pressionado a Ucrânia.
Donald Trump foi acusado, em setembro, de ter feito um telefonema para o Presidente da Ucrânia no qual o tentou pressionar a investigar Hunter Biden, filho de Joe Biden, vice-presidente no mandato de Barack Obama e atual candidato à Casa Branca pelo Partido Democrata, por suspeita de irregularidades na sua ligação a uma empresa ucraniana.
No telefonema, feito para felicitar Volodymyr Zelenski pela sua investidura como Presidente da Ucrânia, o republicano Donald Trump terá pedido oito vezes ao seu homólogo que investigasse Joe Biden e o seu filho por atos de corrupção na Ucrânia.
A alegada pressão terá começado uns dias antes do telefonema, quando Trump congelou ajuda militar à Ucrânia, no valor de cerca de 400 milhões dólares (363 milhões de euros), como forma de coagir o Governo ucraniano a abrir a investigação pedida.
A ajuda militar foi transferida depois, em 11 de setembro.
O caso levou a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, a pedir a abertura de um processo de destituição do Presidente por abuso de poder e violação da segurança nacional.