"Antes da operação norte-americana na província de Idlib, na Síria, esta noite, houve uma troca de informações e coordenação entre as autoridades militares de ambos os países", escreveu hoje o Ministério da Defesa turco no Twitter.
A instituição não se pronunciou sobre os resultados desta operação nem refere o nome do líder do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi.
As Forças Armadas turcas mantêm uma dezena de postos de observação militar na província de Idlib, a última ainda controlada pelas milícias sírias que combatem o regime do Presidente Bashar al Assad.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma vasta rede de recursos no terreno, militares norte-americanos foram transportados de helicóptero durante a noite para a região de Idlib, onde se encontravam "grupos próximos do EI", e a operação resultou em pelo menos nove mortos.
Esta notícia coincide com informações de vários media norte-americanos segundo as quais o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, terá morrido numa operação militar na Síria.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou há umas horas no Twitter que "algo muito importante acaba de acontecer".
A publicação do 'tweet' coincide no tempo com a operação da coligação na Síria, mas até agora desconhece-se a que se referia Trump, que deverá falar nas próximas horas.
Segundo as cadeias de televisão CNN e ABC e o jornal Washington Post, que citam altos responsáveis norte-americanos, Abu Bakr al-Baghdadi terá morrido numa operação militar dos EUA no nordeste da Síria.
Segundo a CNN, estão em andamento testes para confirmar formalmente a morte do líder do grupo extremista islâmico, responsável por vários ataques fatais a nível internacional.
Uma outra fonte citada pela ABC indicou que al-Baghdadi se suicidou, ao detonar um colete de explosivos.
Questionado pela agência de notícias France-Presse, o Pentágono recusou-se a comentar.
"O Presidente dos Estados Unidos fará um anúncio muito importante amanhã [hoje] às 09:00 (13:00 em Lisboa) da Casa Branca", disse o porta-voz do executivo norte-americano, Hogan Gidley, sem fornecer mais detalhes.
A confirmar-se o desfecho da operação militar dos EUA, esta é a mais importante a visar um líder extremista desde a morte a 02 de maio de 2011 de Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda, às mãos das forças especiais norte-americanas, no Paquistão.
Esta operação ocorreu num momento de intensa atividade militar no norte da Síria.
O regime sírio e o seu aliado russo aceleraram o envio de tropas para a fronteira sírio-turca, enquanto os norte-americanos anunciaram o reforço militar numa zona de petróleo mais a leste, sob controlo curdo.