Epstein. Autópsia "aponta para homicídio", contrariando tese da polícia

Magnata norte-americano, que estava preso por tráfico sexual com menores, foi encontrado morto na sua cela no dia 10 de agosto. Um patologista contratado pela família afirma que a autópsia aponta para um caso de homicídio.

Notícia

© Handout via REUTERS

Anabela Sousa Dantas
30/10/2019 15:32 ‧ 30/10/2019 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

Jeffrey Epstein

Um médico forense contratado pela família de Jeffrey Epstein afirmou esta quarta-feira que as provas recolhidas no corpo do magnata norte-americano apontam para um caso de homicídio por estrangulamento e não de suicídio, como têm defendido as autoridades.

Epstein, que estava detido a aguardar julgamento por tráfico sexual, foi encontrado morto na sua cela, numa prisão de Manhattan, em agosto, e as autoridades nova-iorquinas concluíram que o acusado tinha tirado a própria vida, por enforcamento.

Porém, o patologista Michael Baden, contratado pelo irmão de Epstein, afirmou num programa de televisão, esta quarta-feira, que o multimilionário apresentava uma série de ferimentos que "extremamente fora do normal em enforcamentos suicidas e que ocorrem com mais regularidade em estrangulamentos homicidas".

"Eu acho que as provas apontam para homicídio e não para suicídio", sustentou o especialista forense, que analisou a autópsia feita pelas autoridades.

Sublinhe-se que o norte-americano foi preso no passado dia 6 de julho, pelo crime de tráfico sexual com menores de 14 anos, e suicidou-se no dia 10 de agosto na cela. Epstein estava acusado, pela procuradoria do distrito sul de Manhattan, de controlar um esquema de tráfico sexual e abuso sexual de menores, tendo alegadamente criado uma rede para abusar de dezenas de meninas na sua mansão de Nova Iorque e numa outra situada na Flórida.

O caso de Jeffrey Epstein adquire especial importância devido às relações de amizade que mantinha com personalidades norte-americanas de renome, nomeadamente com o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Estão a ser feitas investigações paralelas, em Nova Iorque, sobre se eventuais associados de Epstein vão ser acusados por encobrimento, no que as autoridades já disseram ser, o seu incessante abuso sexual de menores.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas