Um médico forense contratado pela família de Jeffrey Epstein afirmou esta quarta-feira que as provas recolhidas no corpo do magnata norte-americano apontam para um caso de homicídio por estrangulamento e não de suicídio, como têm defendido as autoridades.
Epstein, que estava detido a aguardar julgamento por tráfico sexual, foi encontrado morto na sua cela, numa prisão de Manhattan, em agosto, e as autoridades nova-iorquinas concluíram que o acusado tinha tirado a própria vida, por enforcamento.
Porém, o patologista Michael Baden, contratado pelo irmão de Epstein, afirmou num programa de televisão, esta quarta-feira, que o multimilionário apresentava uma série de ferimentos que "extremamente fora do normal em enforcamentos suicidas e que ocorrem com mais regularidade em estrangulamentos homicidas".
"Eu acho que as provas apontam para homicídio e não para suicídio", sustentou o especialista forense, que analisou a autópsia feita pelas autoridades.
Sublinhe-se que o norte-americano foi preso no passado dia 6 de julho, pelo crime de tráfico sexual com menores de 14 anos, e suicidou-se no dia 10 de agosto na cela. Epstein estava acusado, pela procuradoria do distrito sul de Manhattan, de controlar um esquema de tráfico sexual e abuso sexual de menores, tendo alegadamente criado uma rede para abusar de dezenas de meninas na sua mansão de Nova Iorque e numa outra situada na Flórida.
O caso de Jeffrey Epstein adquire especial importância devido às relações de amizade que mantinha com personalidades norte-americanas de renome, nomeadamente com o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Estão a ser feitas investigações paralelas, em Nova Iorque, sobre se eventuais associados de Epstein vão ser acusados por encobrimento, no que as autoridades já disseram ser, o seu incessante abuso sexual de menores.