Quem é o atirador que disparou contra colegas em escola da Califórnia?

A comunidade em choque descreve o jovem que conheciam.

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Sara Gouveia
15/11/2019 09:02 ‧ 15/11/2019 por Sara Gouveia

Mundo

EUA

No seu 16.º aniversário, a 14 de novembro, Nathaniel Berhow, um estudante do Liceu Saugus, em Santa Clarita, no Estado norte-americano da Califórnia, levou uma pistola semiautomática de calibre .45 para a escola, retirou-a da mochila e disparou contra cinco dos seus colegas em 16 segundos. A última bala guardou-a para si. 

Enquanto o suspeito se encontra deitado numa cama de hospital em estado grave, os colegas e vizinhos lutam para reconciliar as suas ações com a pessoa que conheciam.

A polícia não identifica publicamente o suspeito por se tratar de um menor, mas a generalidade da imprensa norte-americana identifica-o como Nathaniel Berhow. Norte-americano de  ascendência japonesa, mora em Valencia, uma zona muito próxima da escola secundária.

Era um bom estudante e era atleta, segundo os amigos tinha sido escuteiro. Há cerca de um ano tinha passado pela morte do pai, contou um dos vizinhos à CNN, mas fora isso é descrito como um típico adolescente. Tinha uma namorada, que tem vindo a ser interrogada pelas autoridades.

"Sempre pensei que fosse um miúdo normal", disse Brizio DelRosario, de 16 anos, que corria com o atirador na equipa de corrida de corta-mato. "Corríamos juntos às vezes. A última vez que o vi foi numa corrida há cerca de duas semanas, estava totalmente normal. Comecei ao lado dele e desejou-me boa sorte. Ele não era um miúdo quieto ou estranho", garantiu.

Outro membro da equipa que não quis identificar-se, disse que o estudante a quem chamam Nathan estava num grupo de corrida de corta-mato e que iam a festas juntos. Disse conhecer Natham "muito bem" e que "era o miúdo mais querido que se podia conhecer". "Vi o Nathan ontem, foi correr numa colina com outros quatro tipos. Totalmente normal, a dizer umas piadas".

Na quinta-feira, esse amigo do suspeito foi para a aula de economia, durante parte da manhã. "Durante a aula conseguíamos ver os miúdos a correr e a largarem as mochilas. Primeiro pensámos que estavam a correr porque estavam atrasados para a segunda aula, mas depois percebemos que ainda estávamos a meio da primeira. Até que alguém entrou desvairado e disse que havia um atirador", recorda. "Apagámos as luzes, barricámos a porta e agarrei numa tesoura caso tivesse de lutar".

Contou ainda que uma vez tinha ido com o amigo para um campo de tiro. Disse que sabia que Nathan tinha acesso a armas e que tinha crescido rodeado delas. O pai de Nathan, Mark, era um caçador entusiasta, mas a mãe era "a mulher mais querida" e sempre que o levava ou ia buscar ao treino fazia questão de lhes dizer alguma coisa.

Uma outra colega do jovem, Brooke Hougo, de 18 anos, descreveu-o ao Los Angeles Times como um "miúdo quieto". "Nunca esperaria que fizesse algo assim".

Recorde-se que o tiroteio aconteceu pouco depois das 7h30 (15h30 em Lisboa), de quinta-feira. Morreram dois estudantes - uma jovem de 16 anos e um rapaz de 14 - e três outros ficaram feridos.

Nathanial Berhow tentou tirar a própria vida com um tiro na cabeça. Está de momento sob custódia policial, no hospital, em estado grave. Até agora as autoridades ainda não conseguiram apuraro que terá motivado o ataque.

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