Os promotores suecos decidiram, esta terça-feira, deixar cair a investigação em que Julian Assange era acusado da violação de duas mulheres. O fundador do WikiLeaks, de 48 anos, sempre se disse inocente dos crimes que lhe eram imputados e que remontam a 2010.
A decisão foi anunciada por Eva-Marie Persson, numa conferência de imprensa em Estocolmo. A procuradora revelou que, apesar de acreditar que a mulher por trás da acusação era "credível e confiável", as declarações das testemunhas foram enfraquecidas, uma vez que já decorreu muito tempo desde os supostos crimes.
Acrescentou a responsável que "todos os atos de inquérito foram esgotados (...) sem permitirem as evidências necessárias para uma condenação".
Recorde-se que, em maio deste ano, a justiça sueca tinha reaberto uma investigação preliminar a um caso de alegada violação a Julian Assagen, que remontava a 2010 e que tinha sido abandonada em 2017.
Em abril, Assage foi detido em Londres, à saída da embaixada do Equador depois de Quito lhe ter retirado o estatuto de exilado de que beneficiava há sete anos, acusado de não ter comparecido a uma audiência em tribunal relacionada precisamente com o caso em investigação na Suécia.
Permanece detido no Reino Unido e defende-se de um pedido de extradição para os Estados Unidos, onde é acusado de espionagem e conspiração por ter acedido e divulgado documentos secretos.