A Síria condenou veementemente o que chamou de "agressão traiçoeira e criminosa norte-americana" que matou o general iraniano, alertando que constitui uma "escalada perigosa" da tensão na região.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria declarou, num comunicado, que o ataque reafirma a responsabilidade dos Estados Unidos pela instabilidade no Iraque, como parte de sua política de "criar tensões e alimentar conflitos nos países da região".
A nota do Ministério sírio indicou que o ataque apenas fortalecerá a determinação de continuar no caminho estabelecido "pelos líderes martirizados da resistência contra a interferência norte-americana nos assuntos dos países da região".
Os rebeldes Huthis do Iémen, apoiados por Teerão, pediram hoje "represálias rápidas e diretas" após o assassínio do poderoso general iraniano.
"Condenamos esse assassínio e entendemos que represálias rápidas e diretas são a solução", disse Mohammed Ali al-Huthi, um alto responsável da liderança política dos rebeldes Huthis, em sua conta na rede social Twitter.
Apoiados pelo Irão, os rebeldes Huthis tomaram em 2014 a capital do Iémen, Sana, e áreas inteiras do país, devastado por uma guerra que causou a mais grave crise humanitária do mundo, segundo a ONU.
O líder do movimento xiita libanês Hezbollah, um grande aliado do Irão, prometeu hoje "a justa punição" aos "assassinos criminosos" responsáveis pela morte do general iraniano.
O movimento islâmico Hamas, no poder na Faixa de Gaza, um enclave palestiniano com dois milhões de habitantes, condenou o ataque norte-americano contra "o mártir" Qassem Soleimani, "um dos mais eminentes chefes de guerra iranianos".
O grupo palestiniano referiu que o ataque foi "crime norte-americano que aumenta as tensões na região".
A Frente Popular de Libertação da Palestina (PFLP), um grupo armado, pediu uma resposta "coordenada" das "forças de resistência" na região.
A Guarda Revolucionária confirmou a morte do general Qassem Soleimani, na sequência de um ataque aéreo, na manhã de hoje, no aeroporto de Bagdad, que também visou o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi].
O Presidente dos Estados Unidos ordenou a morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, general Qassem Soleimani, anunciou o Pentágono num comunicado.
Na nota, o Pentágono disse que Soleimani estava "ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviço norte-americanos no Iraque e em toda a região".
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, prometeu hoje vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani e declarou três dias de luto nacional.