A coligação militar liderada pelos Estados Unidos que está destacada no Iraque vai deixar o país, avança a Reuters, citando uma carta assinada pelo general William H. Seely III, o comandante das forças norte-americanas no Iraque.
"Senhor, em deferência à soberania da República do Iraque, e como pedido pelo parlamento do Iraque e pelo primeiro-ministro, CJTF-OIR vai reposicionar forças no decurso dos próximos dias e semanas para se preparar para o movimento daqui em diante", pode ler-se na carta do general Seely III.
A autenticidade da carta foi confirmada à Reuters por uma fonte militar iraquiana.
Não resulta claro se a decisão significará que a totalidade das tropas norte-americanas no Iraque vai sair do país, algo que não é esclarecido na missiva. Atualmente, os Estados Unidos têm cerca de cinco mil soldados no Iraque.
Entretanto, numa reação à divulgação desta carta, Mark Esper, secretário da Defesa norte-americano, negou que a coligação planeia sair do Iraque. "Não houve qualquer decisão para deixar o Iraque", afirmou Esper.
"Essa carta não corresponde ao nosso estado de espírito", vincou ainda Mark Esper, citado por várias agências noticiosas.
De acordo com a carta enviada, também consultada pela France-Presse, o exército norte-americano referiu que iria "reposicionar" as forças da coligação internacional com vista a uma "retirada do Iraque de maneira segura e eficaz".
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas norte-americanas, general Mark Milley, avançou também que "a carta é autêntica", mas que "foi enviada por erro".
A coligação militar liderada pelos Estados Unidos foi destacada para o Iraque para combater o Estados Islâmico.
[Notícia atualizada às 08h30 de 07/01/2020]