Reino Unido condena ataques iranianos

O Reino Unido condenou hoje os ataques iranianos no Iraque contra bases da coligação internacional liderada pelos EUA, nas quais se encontram forças britânicas, classificando-os de "imprudentes e perigosos".

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Lusa
08/01/2020 08:24 ‧ 08/01/2020 por Lusa

Mundo

EUA/Irão

 

"Condenamos o ataque às bases militares iraquianas que abrigam as forças da coligação, entre as quais britânicos", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, expressando preocupação com "as informações sobre o uso de mísseis balísticos".

O comando militar iraquiano anunciou também que os 22 mísseis caíram em duas bases aéreas sem causarem "vítimas entre as forças iraquianas".

"Não houve vítimas nas fileiras das forças iraquianas", referiu, em comunicado, no qual não se menciona a existência de possíveis vítimas entre as forças da coligação.

A crise entre Irão e Estados Unidos vai marcar a primeira reunião da Comissão Europeia deste ano em Bruxelas.

A reunião acontece horas depois de o Irão ter disparado 22 mísseis contra forças militares situadas nas bases de Ain al-Assad e Arbil, no Iraque, como retaliação pela morte do general iraniano Qassem Soleimani, num ataque norte-americano em Bagdade na sexta-feira.

Na sequência do ataque, a Europa lançou diversos apelos à contenção e a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, convocou a reunião dizendo que "o Alto Representante e vice-presidente [Josep] Borrell e outros comissários farão uma reflexão sobre as consequências, para as diferentes partes interessadas, dos desenvolvimentos no Iraque e na região".

O ataque de que resultou a morte do general Soleimani ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana na capital iraquiana que durou dois dias e só terminou quando o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o envio de mais 750 militares para o Médio Oriente.

O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas --- Rússia, França, Reino Unido, China e EUA --- mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares.

Os Estados Unidos abandonaram unilateralmente o acordo em maio de 2018.

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