Shamkhani foi um dos responsáveis do Irão que ameaçaram Washington em vingança pela morte há uma semana em Bagdad do general Qassem Soleimani, comandante da Força Quds, encarregada das operações no estrangeiro dos Guardas da Revolução.
O secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão revelou na terça-feira ter identificado "treze cenários" para a "forte vingança" contra os Estados Unidos pelo assassínio de Soleimani, adiantando que "o mais fraco dos treze cenários é um pesadelo histórico para os Estados Unidos" e que a vingança não incluiria "apenas uma operação".
Na quarta-feira, mais de uma dúzia de mísseis iranianos foram lançados contra duas bases iraquianas com tropas norte-americanas, em Ain al-Assad e Erbil.
A ação foi reivindicada pelos Guardas da Revolução iranianos e o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou depois que Washington ia intensificar as sanções contra a República Islâmica.
A administração Trump anunciou hoje novas sanções contra o Irão, que visam oito altos funcionários do regime, incluindo também Gholamreza Soleimani, comandante das Basij, milícia paramilitar subordinada aos Guardas da Revolução.
Numa conferência de imprensa telefónica, Brian Hook assinalou que os oito são responsáveis por "ações de terror" do Irão na região, bem como "cúmplices nos recentes assassínios de cerca de 1.500 iranianos, que protestavam pela sua liberdade".
Os oito estiveram "envolvidos em maus tratos ao povo iraniano", adiantou.
O representante norte-americano fazia referência à repressão das manifestações no Irão contra o aumento do preço da gasolina em meados de novembro.
Registaram-se protestos em várias cidades iranianas, que se prolongaram por alguns dias e que foram reprimidas pelas forças de segurança.
A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional indicou pelo menos 304 mortos, quando acusou as forças de segurança iranianas de "massacrarem" manifestantes desarmados.
Teerão qualificou de "mentiras absolutas" os balanços fornecidos por "grupos hostis".