Claudete Silva foi detida, durante a noite desta sexta-feira, pela polícia de Copacabana, no Brasil, por ter simulado sintomas do coronavírus e ter inventado que tinha regressado de uma viagem a Hong Kong para ter atendimento prioritário no centro de saúde local, uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).
"Claudete - por um motivo absolutamente egoístico - concentrou a atenção e os cuidados de inúmeros profissionais da saúde que estavam na UPA neste dia, mantendo por horas a narrativa fantasiosa de um recente regresso de uma viagem a Hong Kong, provocando a utilização de protocolos internacionais para o combate ao vírus, inclusive a comunicação imediata da suspeita aos órgãos competentes", explicou Valéria Aragão, porta-voz da força policial, em declarações à Globo.
Segundo a mesma publicação, as pretensas da paciente levaram ainda a que esta fosse isolada e submetida a uma série de exames médicos. Tendo insistindo na veracidade da história durante cerca de duas horas, o Ministério da Saúde chegou a ser notificado do caso.
A verdade foi resposta quando familiares da alegada infetada informaram o centro de saúde de que Claudete nunca tinha saído do Brasil na sua vida e que nem sequer tinha passaporte. Confrontada com a versão dos seus familiares, a mulher confessou que tinha mentido para ter prioridade no atendimento.
Foi detida ainda nas instalações da UPA de Copacabana por "falsidade ideológica".
O número de mortos provocado pelo surto do novo coronavírus na China aumentou hoje para 722, anunciou a Comissão Nacional de Saúde chinesa, que registou um aumento de novos casos superior ao que se vinha verificando nos últimos dias. Este último balanço adianta ainda que contam-se mais 3.399 casos, enquanto na sexta-feira tinha havido 3.143 novas infeções, ao cabo de vários dias em que o número de novos casos tinha vindo a descer.