O avião, que descolou da cidade de Wuhan (na província de Hubei, no centro da China) às 3h20 locais (19h20 de sábado em Lisboa), aterrou hoje de manhã na base aérea de Brize Norton, a cerca de 120 quilómetros a oeste da capital britânica, Londres.
A bordo do aparelho estavam cerca de 200 pessoas, britânicas e de outras nacionalidades, "incluindo uma equipa médica", segundo informou, no sábado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico num comunicado.
A ministra da Saúde francesa, Agnès Buzyn, indicou, na sexta-feira, que 38 cidadãos franceses seriam repatriados neste voo fretado pelas autoridades britânicas.
Este grupo de 200 pessoas irá cumprir agora um período de isolamento de 14 dias.
O Reino Unido, que aconselhou os cerca de 30 mil britânicos localizados na China a deixarem o território chinês para minimizar a exposição ao novo coronavírus, já tinha até à data repatriado um total de 94 cidadãos britânicos da cidade de Wuhan.
Um grupo de 83 pessoas regressou no primeiro avião fretado por Londres, em cooperação com as autoridades espanholas, e os restantes 11 vieram num voo francês cofinanciado pela União Europeia (UE).
O novo coronavírus (2019-nCoV), que pode provocar doenças respiratórias potencialmente graves como a pneumonia, foi detetado pela primeira vez no final do ano em Wuhan.
Desde então, e a par do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, foram confirmados outros casos de infeção do novo coronavírus em mais de 20 países.
Os últimos dados das autoridades chinesas confirmam pelo menos 811 mortos, a grande maioria na província de Hubei, e mais de 37 mil infetados a nível global.
Até agora, as duas únicas mortes provocadas pelo novo coronavírus registadas fora da China continental aconteceram nas Filipinas e em Hong Kong.
O novo vírus pertence à mesma família do vírus da síndroma respiratória aguda (SARS, na sigla em inglês), que atingiu 5.327 pessoas entre novembro de 2002 e agosto de 2003 e foi responsável por 800 mortes, a grande maioria na China.
A OMS declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.