Aziz Memon, 56 anos, trabalhava como repórter e operador de câmara para uma televisão local na província de Sindh (sudoeste do Paquistão) e desapareceu no domingo.
O chefe da polícia Mohammad Farooq indicou que o corpo foi encontrado num canal da localidade de Mehrabpur e que está a decorrer uma investigação.
O rapto e assassínio de Memon não foi reivindicado.
Segundo Abdul Hafeez, irmão de Memon, este recebeu ameaças no ano passado, depois de noticiar que um político da zona pagou dinheiro a locais para participarem num comício da oposição.
Jornalistas de vários jornais e televisões já realizaram um protesto pacífico na cidade de Hiderabad, condenando o assassínio e pedindo a detenção dos responsáveis.
O assassínio de Memon também foi condenado por ativistas nas redes sociais e a Federação Internacional de Jornalistas e a sua associada no Paquistão, a União Federal de Jornalistas, pediram ao governo para investigar.
O Paquistão é considerado um país perigoso para jornalistas e os envolvidos em ataques a estes profissionais só muito raramente são punidos.
O país tem registado nos últimos anos um aumento da repressão a jornalistas, ativistas e membros da sociedade civil.