"Há um esforço do regime (do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro) para tratar de normalizar a situação", disse o ministro das Relações Exteriores do Peru, Gustavo Mesa Quadra, numa conferência de imprensa com correspondentes estrangeiros em Lima, capital do Peru.
A situação económica "é muito grave, mas não aos ritmos que vinha tendo devido à 'dolarizacão' e às remessas que estão a receber" dos emigrantes que fugiram da crise no seu país, acrescentou.
O ministro peruano referiu que essa normalização é um perigo porque também se prolonga no tempo, sublinhando que no final do ano termina o mandato da Assembleia Nacional (parlamento).
"É um risco, por isso temos de agir rápido e firme com toda a comunidade internacional", precisou.
Mesa Cuadra recordou que o Grupo de Lima, formado por uma dezena de países, e o Grupo de Contacto Internacional, promovido pela União Europeia, estão a trabalhar em torno de um tema central que consiste na convocação de "eleições gerais, livres, transparentes e com acompanhamento internacional".
A crise política, económica e social, na Venezuela, agravou-se desde janeiro de 2019, quando o presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó jurou assumir as funções de presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres.
Juan Guaidó conta com o apoio de mais de 50 países, entre eles Portugal, uma decisão tomada no âmbito da União Europeia.