"Não daremos nem um passo atrás, afastaremos o regime (sírio) para lá das fronteiras que estabelecemos", declarou Erdogan, discursando perante os deputados do seu Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), em Ancara.
O chefe de Estado turco reiterou o seu ultimato às forças do regime sírio para se retirarem de algumas posições da região de Idlib até ao final de fevereiro, ameaçando que em caso contrário Ancara obrigá-los-á.
O regime de Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia, conduz desde abril e intensificou em dezembro uma ofensiva em Idlib, último grande bastião dos insurgentes na Síria.
Além de uma grave crise humanitária, o avanço das forças sírias provocou uma crise com a Turquia, que apoia alguns rebeldes e que tem cercados vários postos de observação que instalou na zona.
"O prazo que demos (ao regime) para abandonar as zonas onde os nossos postos de observação estão cercados está a chegar ao fim. Estamos a planear a libertação destes postos de observação até ao final de fevereiro, de uma maneira ou de outra", declarou Erdogan.
A crise entre Ancara e Damasco também suscitou algum atrito entre a Turquia e a Rússia. Erdogan sublinhou hoje que "o maior problema (da Turquia) em Idlib é não poder utilizar o espaço aéreo", controlado por Moscovo.
"Encontraremos em breve uma solução para isso", adiantou, sem precisar.
Desencadeada em 2011, a guerra na Síria causou mais de 380.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.