Macron apela a "solidariedade europeia" face ao vírus

O presidente francês, Emmanuel Macron, apelou hoje à "solidariedade europeia" perante a crise do novo coronavírus, aparecendo ao lado dos líderes italianos, no país europeu mais afetado pela epidemia.

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Lusa
27/02/2020 18:11 ‧ 27/02/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"Neste momento especial, estou muito feliz por estar com os nossos amigos italianos", disse Macron, ao chegar a Nápoles, para uma cimeira franco-italiana.

"É importante mostrar que cada país está a tomar medidas de saúde com uma coordenação europeia muito próxima", acrescentou o Presidente francês, ao lado do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, recordando que os ministros da Saúde da União Europeia haviam reunido em Roma, na quarta-feira.

A França decidiu manter as suas fronteiras com a Itália abertas, embora alguns líderes das zonas contíguas tenham exigido controlos mais rígidos.

As autoridades italianas mantiveram a cimeira de Nápoles, apesar de todo o impacto da epidemia do Covid-19 no norte do país.

Com 528 casos de pessoas infetadas e 14 mortes registadas, a península italiana tornou-se uma plataforma de disseminação para o resto do continente europeu.

Roma tomou medidas drásticas colocando 11 cidades em quarentena, no norte de Itália, nas regiões de Lombardia e Veneto.

Nenhum sinal de preocupação era palpável nas ruas de Nápoles, onde Giuseppe Conte e Emmanuel Macron passearam, sem medidas visíveis de higiene, sob o sol primaveril e poucos moradores e turistas usavam máscaras protetoras.

Presente em Nápoles, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi di Maio, também pediu aos turistas estrangeiros para não abandonarem o país, lamentando que os 'media' estejam a dar a ideia de que toda a Itália está em risco, quando apenas algumas zonas no norte estão em causa.

"Os nossos filhos vão à escola. Se os nossos filhos vão à escola, turistas e empresários também podem vir", disse di Maio aos jornalistas.

Emmanuel Macron chegou a Itália após uma visita de última hora ao hospital de Paris, onde a primeira vítima francesa do coronavírus morreu, na quarta-feira.

"Temos diante de nós uma crise, uma epidemia que está a chegar (...) Teremos que enfrentá-la", concluiu o presidente francês, acrescentando que tomará todas as decisões necessárias à luz das recomendações de saúde pública.

 

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