Covid-19: Macau defende retirada de residentes em Hubei

O diretor dos Serviços de Saúde de Macau defendeu hoje a opção pela retirada de residentes que estão em Wuhan, capital da província de Hubei, por a situação se apresentar "mais estável".

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Lusa
02/03/2020 12:55 ‧ 02/03/2020 por Lusa

Mundo

Macau

 

"A epidemia em Macau está mais estável e também em Hubei, onde o número de novos casos está a baixar", disse Lei Chin Ion, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

"A possibilidade de surto na comunidade [Macau] é muito baixa, já não registamos novos casos há 27 dias", destacou.

De acordo com algumas teorias científicas, "se depois de duas rondas do período de incubação, não existirem novos casos de infeção, o risco é muito reduzido", explicou o responsável, que aludiu a críticas veiculadas por meios de comunicação social em língua chinesa e nas redes sociais.

"Até dada altura, a melhor opção era a quarentena e o tratamento em Wuhan", centro do surto do novo coronavírus e que as autoridades de Saúde chinesas decidiram isolar em 23 de janeiro passado. "Agora pensamos ser melhor retirar os residentes de Macau em Wuhan", acrescentou.

No sábado, o Governo de Macau anunciou que ia retirar, num avião fretado, residentes do território em Hubei, especialmente em Wuhan.

"O Governo tem a responsabilidade de cuidar dos cidadãos (...) é uma missão muito difícil (...) estamos focados nos pedidos dos residentes que estão em Wuhan e estamos a avaliar" a situação, justificou Lei Chin Ion.

"Fiscalizar os trabalhos do Governo e dar atenção dos residentes é o trabalho dos jornalistas e não nos coloca sob pressão", declarou.

Até agora, 172 residentes de Macau estão em Hubei e 47 manifestaram intenção de voltar, o que não significa que "todos tenham o direito de viajar, primeiro têm que passar por uma avaliação médica", afirmou a responsável da Direção dos Serviços de Turismo, Inês Chan.

As autoridades de Macau tinham já indicado que os residentes só serão autorizados a entrar no avião se estiverem saudáveis.

Lei Chin Ion anunciou também que a quinta ronda de fornecimento de máscaras, em número suficiente "para toda a população", começa na terça-feira.

Por outro lado, o representante da Direção dos Serviços de Educação e Juventude, Wong Chi Iong, afirmou que "os centros de explicações e de aperfeiçoamento contínuo podem abrir a partir de hoje", depois de todos os serviços e estabelecimentos, até aqui encerrados em Macau, terem retomado hoje as atividades, embora com limitações e sempre sob medidas de prevenção.

A epidemia de Covid-19, que teve origem na China, em dezembro de 2019, já infetou mais de 89 mil pessoas em todo o mundo, e causou mais de três mil mortos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".

 

 

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