Covid-19: Arábia Saudita e Jordânia detetam primeiros casos
As autoridades da Arábia Saudita anunciaram hoje o primeiro caso de contaminação com o novo coronavírus no país, num cidadão saudita que regressou do Irão, enquanto na Jordânia o vírus foi detetado num homem que voltou de Itália.
© Reuters
Mundo Coronavírus
Em comunicado, o Ministério da Saúde da Arábia Saudita explicou a pessoa infetada não declarou, após a sua chegada ao reino, que veio do Irão, de modo que, não foi submetido a controlos de saúde pertinentes.
Posteriormente, verificou-se que estava infetado e encontra-se em quarentena num hospital, indicou o ministério na nota.
Nos últimos dias, o Governo saudita adotou medidas restritas para impedir a chegada da doença ao reino, uma vez que vários países vizinhos registaram dezenas de contágios.
Entre as medidas mais radicais, está a suspensão temporária da entrada de visitantes nas cidades sagradas de Meca e Medina para fazer a "umrah" ou pequena peregrinação, que milhões de pessoas fazem todos os anos.
Além disso, a Arábia Saudita também suspendeu o visto de turista para cidadãos de países afetados pelo novo coronavírus.
No domingo, o Governo indicou que preparou oito mil camas em 25 hospitais em todo o país para tratar de possíveis casos de contágio pelo vírus, incluindo mais de duas mil camas para isolamento.
Por sua parte, o ministro da Saúde da Jordânia, Saad Yaber, anunciou o primeiro caso confirmado de coronavírus num homem que viajou para Itália e que se deslocou ao hospital no domingo à noite com sintomas.
Outro cidadão da Jordânia que viajou com esse homem foi submetido aos testes de deteção, mas o resultado foi negativo, segundo o governante.
A Jordânia proibiu na semana passada a entrada no país a qualquer cidadão não-jordano proveniente da China, do Irão ou da Coreia do Sul e os jordanos que regressam desses países serão colocados em quarentena durante duas semanas.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.000 mortos e infetou quase 90 mil pessoas em 67 países, incluindo duas em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 45 mil recuperaram.
Além de 2.912 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.
Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou os dois primeiros casos de infeção em Portugal, um homem de 66 anos e outro de 33, internados em hospitais do Porto.
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