A ministra da Saúde do Egito, Hala Zayed, anunciou no sábado que 33 turistas e 12 tripulantes estavam com suspeitas de infeção pelo vírus, a bordo do cruzeiro "A-Sara".
Os 45 casos em Luxor são "assintomáticos", esclareceu hoje a governante em Luxor, onde o navio estava atracado.
Entre os elementos da tripulação, 11 deram negativo após terem realizado no sábado novos testes.
Ainda assim, ficaram em quarentena num hospital, assim como os outros 34, que deram positivos, de acordo com Zayed.
O primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly, afirmou no sábado que foram realizados exames em todos os 171 passageiros do cruzeiro, dos quais 101 são turistas e 70 elementos da tripulação, sem especificar as respetivas nacionalidades.
"Todos os estrangeiros cujos testes deram negativo podem abandonar o território nas 24 horas seguintes à realização dos exames", garantiu hoje a ministra da Saúde.
Em relação ao estado do setor de turismo, que mais pesa na economia do país, o ministro do Turismo e Antiguidades, Khaled el-Enany, acompanhou a colega, e mostrou-se tranquilo.
"Vocês viram os números por si mesmo, os veículos, as filas. A situação do turismo é muito estável em Luxor", disse o ministro.
No sábado, a ministra da Saúde anunciou que medidas de proteção foram adotadas no Egito, incluindo um aumento no número de laboratórios de referência para combater o vírus.
Cidadãos de países onde foram encontrados casos positivos foram testados na chegada ao Egito, acrescentou.
Segundo o Ministério da Saúde, o Egito tem 48 pessoas infetadas, incluindo os passageiros do "A-Sara".
Nas últimas semanas, as autoridades egípcias anunciaram três novos casos confirmados de coronavírus, um deles um cidadão chinês, o segundo um engenheiro petrolífero canadiano e o terceiro um egípcio oriundo da Sérvia, onde fez escala depois de embarcar em França.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.600 mortos entre mais de 109 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.
Das pessoas infetadas, cerca de 60 mil já recuperaram.
Depois de a China ter colocado 60 milhões de pessoas em quarentena para tentar travar a epidemia, a Itália anunciou uma medida idêntica no Norte do país, que pode afetar cerca de 16 milhões de pessoas em cidades como Milão, Veneza ou Parma.
A Itália registou já 366 mortos em quase seis mil pessoas detetadas com o novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
Em Portugal, estão confirmados 30 casos de infeção e o Governo anunciou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.
Foram também encerrados temporariamente alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário.