O serviço nacional de saúde (National Health Service, NHS) anunciou estar a colaborar com o motor de busca Google e as redes sociais Twitter, Instagram e Facebook para melhorar o acesso das pessoas a informação corretas e a combater mitos e informações erradas.
As medidas incluem dar prioridade a informações verificadas e direcionar para o NHS quando alguém faz uma busca sobre o novo coronavírus, certificar fontes oficiais e combater 'fake news', tendo uma conta de Twitter sido suspensa por se apresentar de forma falsa como um hospital e fornecer informações imprecisas.
Na semana passada, também foram proibidos dois anúncios de máscaras por "causarem alarme" e fazerem alegações "enganosas" sobre a capacidade de impedir a propagação do coronavírus.
"O NHS tem vindo a combater notícias falsas sobre o coronavírus, [com medidas que vão] desde intervir para suspender contas falsas no Twitter até denunciar tratamentos enganosos promovidos por homeopatas na Internet", disse o diretor-executivo, Simon Stevens.
Esta colaboração foi anunciada após o governo britânico ter também anunciado estar a trabalhar para combater a desinformação sobre o Covid-19, identificando fontes e notícias falsas.
O ministro da Saúde, Matt Hancock, disse ser importante que os cidadãos possam ter acesso a informações de confiança e precisas sobre saúde e o Covid-19, e que as orientações mais recentes das autoridades surjam no topo das listas de pesquisa do Google.
"A segurança pública é nossa principal prioridade e estamos a utilizar ferramentas digitais para chegar a milhões de pessoas sobre mais de 250 problemas sobre os quais pesquisem, incluindo coronavírus, ajudando a combater a desinformação e a garantir que o público está bem informado para cuidar da sua saúde", afirmou.
O aumento do número de telefonemas levou o governo britânico a reforçar com mais 700 trabalhadores o centro de atendimento do NHS 111, o serviço de aconselhamento para problemas de saúde não urgentes, que responde a perguntas por telefone e de forma digital.
Depois de terem sido registados quase 400 mil telefonemas num espaço de uma semana, foi lançado um site dedicado ao Covid-19, o qual já recebeu mais de mais um milhão de consultas desde quarta-feira.
O NHS tem vindo também a testar a comunicação através de mensagens SMS para telemóveis, recomendando às pessoas a consulta do site NHS111 em vez de se dirigirem diretamente aos centros de saúde ou hospitalares.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.
Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.